Embora o vínculo emocional do brasileiro com os pets seja cada vez maior, proximidade do Dia Nacional do Médico-Veterinário, 09 de Setembro, levanta uma reflexão: os tutores reconhecem a importância deste profissional para a saúde e bem-estar dos pets?

Ao longo dos mais de 46 anos de profissão regulamentada, os médicos-veterinários vêm mostrando a importância de seu trabalho para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, por meio dos serviços prestados à sociedade no cuidado com a saúde e bem-estar dos animais, preservação da saúde pública, produção de alimentos saudáveis e em atividades voltadas para garantir a sustentabilidade ambiental do planeta, atuando em mais de 80 especialidades.
De acordo com o IBGE, o país possui, atualmente, 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos sendo que, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cão e 17,7% pelo menos um gato. Ou seja, cães e gatos passaram a fazer parte da composição familiar do brasileiro.
Com a proximidade da data dedicada ao Médico-Veterinário, comemorada no Brasil em 09 de Setembro, uma importante reflexão se faz necessária: o brasileiro reconhece a importância deste profissional para a saúde e bem-estar dos pets?
O tema foi destaque em uma pesquisa, encomendada ao IBOPE Inteligência pelo Centro de Nutrição e Bem-estar Animal WALTHAM™, referência mundial no cuidado e nutrição de animais de estimação, localizado na Inglaterra, parte da Mars, Incorporated.
O estudo revelou que a frequência de ida à clínica veterinária, incluindo serviços de higiene e cuidados com a saúde, é maior entre os tutores de cães do que entre os tutores de gatos: a média é de 2,8 vezes por ano contra 2,3 por ano.
Entre os principais motivos que levam o tutor a procurar o médico-veterinário estão: consulta de rotina e vacinação, aparecimento de doenças, higiene e emergência (veja tabela abaixo).

Outros pontos interessantes foram identificados, como o fato de o médico-veterinário ter sido apontado como a principal fonte de informação para os tutores. Outros fatores sobre o profissional também identificados:
A importância reconhecida de realizar a vacinação sempre com um médico-veterinário;
Animais de raças precisam visitar mais o médico-veterinário, já que possuem mais problemas de doenças do que os animais sem raça definida;
Pets adotados acabam precisando do serviço veterinário por motivo de emergência;
A percepção de que ter gatos é mais barato porque raramente adoecem e necessitam de idas ao consultório veterinário;
Cães e gatos sem raça definida não ficam doentes e, por isso, não precisam ir ao médico-veterinário com frequência;
Pets que ficam e dormem dentro de casa tem frequência maior de ida à clínica veterinária do que os que vivem fora de casa;
Dos entrevistados não possuidores de pets, 42% citaram que o acesso a serviços veterinários mais acessíveis financeiramente os fariam tomar a decisão de ter um animal de estimação;
Embora uma nutrição de qualidade, completa e balanceada, seja essencial para a saúde, bem-estar e qualidade de vida do animal, pouco mais da metade dos tutores de cães (51%) busca orientação do médico-veterinário para entender qual a alimentação mais adequada para o seu pet, número que se mantém quase igual para os tutores de gatos (52%).
PERFIL DOS TUTORES
A pesquisa IBOPE Inteligência mostrou que a maioria dos brasileiros tutores desses cães é homem, casado, mora com mais de uma pessoa e é de classe AB. Já os tutores de gatos são, em sua maioria, mulheres, solteiras, que moram em apartamentos e são de classe BC.
O estudo comprovou, ainda, a conexão emocional dos brasileiros com seus animais de estimação, assunto amplamente estudado por WALTHAM™ no mundo todo, uma vez que os pets representam uma parte essencial da sociedade e fornecem um apoio valioso em facilitar a interação humana e os contatos sociais, além de proporcionar companhia. Durante duas palestras na cidade de São Paulo no último mês, Dra. Sandra McCune, pesquisadora e líder científica de WALTHAM™, falou para cerca de 300 Médicos-Veterinários sobre os resultados de recentes pesquisas na área.
Tutores de cães
A pesquisa IBOPE Inteligência mostrou que os tutores de cães são, em sua maioria (51%), casados, têm, em média, 41 anos e 93% moram com mais de uma pessoa. Além disso, observou-se que 82% são de classe AB (na classe A são 24%), 59% moram em casas e 24% adotaram seus cães, sendo 59% deles sem raça definida.
Dos entrevistados, 68% acreditam que os cães trazem conforto emocional e 44% veem seus cachorros como filhos, sendo que a maioria desses respondentes são mulheres solteiras de até 40 anos.
A alimentação manufaturada foi apontada como a melhor opção para os cães, já que 95% dos donos optam por alimentação seca.
Tutores de gatos
Em relação aos tutores de gatos, a pesquisa mostra que 61% são mulheres, têm em média 40 anos e 62% moram em casas. Dos entrevistados, 48% acreditam que os felinos entendem o humor dos tutores e 45% veem seus gatos como filhos, sendo a maioria desses respondentes as mulheres solteiras de até 40 anos.
Observou-se, também, que as características relacionadas aos gatos apontadas pelos entrevistados são mais voltadas ao que ele é e menos ao que ele significa. Alguns exemplos: gatos são mais independentes, são menos carentes, não precisam tomar banho com frequência, entre outras.
A alimentação manufaturada foi apontada como a melhor opção para o pet, pois 94% dos entrevistados optam por alimentação seca.